Ajudar Liliana a colocar sua rica história de vida no papel foi um dos presentes que a vida me deu em 2017. O livro foi idealizado pela filha Carla e foi esta amiga quem me proporcionou a chance de tentar quebrar algumas barreiras com a mãe para que o projeto acontecesse de fato. Liliana e eu não precisamos quebrar coisa alguma, no final das contas. Sentamos juntas e conversamos como o faz quem se gosta, se enxerga e se ouve. Assim, a historia foi sendo contada e escrita conforme enchia nossas tardes regadas a café fresco (tivéssemos tido a oportunidade de nos encontrarmos à noite, teríamos, ambas, preferido uma boa taça de vinho). Comedida e dona de grande autocrítica, seu livro foi feito numa quantidade que abrangesse um número de amigos e parentes que foram presenteados. Torço para que ele ganhe asas, pelas mãos competentes da editora que fez a primeira impressão, e chegue às livrarias. Todos deveriam ter a oportunidade de se emocionar com a trajetória da “menina que sabia ouvir”.
